Mais uma vez, o The Write Practice trouxe um post bem interessante e inspiracional para nós. Vou resumir para vocês as cinco perguntas que todos e todas nós devemos fazer, pois eu gostei bastante desse conteúdo.
O post foi escrito por Joe Bunting e ele começa contando que sempre ouve autores e autoras se perguntando sobre “como ganhar a vida escrevendo” ou “como se tornar um autor best-seller”. Para ele, essas perguntas estão equivocadas e isso é importante pois a forma como enfrentamos as questões direcionam nosso pensamento e nosso fazer na escrita.
Já que essas perguntas estão equivocadas, quais seriam as corretas, afinal?
Por que você escreve?
Bunting relembra que Orwell, uma vez, disse que escrevia para ser admirado. E Bunting acredita que Orwell esteja equivocado, pois nós escrevemos para nos conectar com pessoas.
Dessa forma, ser amado é bem mais interessante do que ser admirado.
Então, devemos nos perguntar por que realmente escrevemos. É por fama, vaidade, para sermos celebridades, ou existe um motivo mais profundo?
Como você muda as pessoas?
Bunting concorda que é muito importante ganhar dinheiro com nossos livros, ou seja, sermos pagos por nossos trabalhos. Porém, insiste que a pergunta “como ganhar a vida escrevendo” esteja equivocada.
Ele acredita que devemos perguntar como nós mudamos as pessoas com nossa escrita? Afinal, se oferecemos transformação para as pessoas, elas provavelmente pagarão satisfeitas pelo nosso trabalho.
Eu escrevi um post sobre algo parecido há um tempo atrás, afirmando que nossos livros não são apenas livros, mas mensagens importantes que passamos, formas de deixar recados e mudar pessoas. Acredito nisso.
O que você pode escrever que mais ninguém pode?
Se pudermos escrever coisas únicas, diferente de todo o resto, que se destaca no mercado e que as pessoas vão realmente gostar, provavelmente conseguiremos ser remunerados e remuneradas por isso.
Como você conecta suas emoções com a história?
Bunting inicia contando uma frase de Robert Frost que pode ser traduzida como “Se não há lágrimas no escritor, não haverá lágrimas no leitor”.
Assim, devemos nos questionar como pudemos nos aprofundar tanto em nossos personagens para podermos transmitir emoção real em suas ações e falas? Como podemos passar realismo nessas emoções, a ponto de tocar leitores e leitoras para que eles sintam a dor, a alegria, o sofrimento, a tristeza dos personagens?
Como podemos viver de forma tão interessante quanto nossas histórias?
Bunting acredita que escritores interessantes têm também histórias de vida interessantes. Ele menciona Mary Shelley e Virgina Woolf para exemplificar seu ponto.
Boa parte do marketing de autores e autoras de sucesso está em como vivem, no que fazem em suas vidas, no que são, e não exatamente no que escrevem. Dessa forma, Bunting sugere que não dá para ser aquele autor ou aquela autora que não se mostra, que não existe na vida real. Apenas nossas obras não atrairão leitores e leitoras, eles e elas hoje se interessam também por quem nós somos.
Então, pessoal, vocês concordam com Joe Bunting? Acreditam que as perguntas essenciais que ele faz são realmente “as” perguntas essenciais que todo autor e toda autora precisa se fazer?
Vamos conversar!
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